Por: Fintech School
Já não é mais novidade que o sistema financeiro experimentou um salto tecnológico nos últimos anos. Internet banking, aplicativos, fintechs e outras inovações que mudaram a sua interação com o banco estão aí para comprovar. Aposto que faz tempo que você não encontra o seu gerente pessoalmente, certo?
Agora, o que talvez você não saiba é que essa revolução tecnológica está apenas começando e que o próximo passo já tem nome e sobrenome: Open Banking. Em uma tradução literal, o termo quer dizer “banco aberto”. E é exatamente disso que estamos falando: uma abertura sem precedentes do setor financeiro que trará uma gama de oportunidades para todo o ecossistema, principalmente para o usuário final, que poderá utilizar seus dados financeiros como quiser.
Entenda o Open Banking
O conceito do Open Banking é simples, porém revolucionário. A proposta é que todas as instituições financeiras adotem uma camada de tecnologia padronizada para possibilitar a fácil portabilidade de dados. Dessa forma, outras empresas e serviços passam a ter acesso às informações bancárias do cliente, sempre com a autorização do mesmo, tendo como princípio que o usuário é o detentor dos dados e não as instituições.
No Brasil, atualmente, o controle das informações está centralizado em cada instituição, que cria internamente as soluções para o seu gerenciamento. A partir do compartilhamento de dados proposto pelo Open Banking, bancos, fintechs e outras iniciativas do setor terão mais facilidade para aprimorar, desenvolver e integrar novos produtos.
API aberta
Imagine como seria prático ter o seu aplicativo de controle de gastos conectado ao sistema do seu banco e integrando as informações automaticamente e em tempo real. Esse é só um exemplo do que o Open Banking pode fazer pelo consumidor. Mas, para que isso se concretize, os bancos não precisarão padronizar toda a tecnologia e muito menos deixar os dados dos usuários soltos por aí.
A API (Application Programming Interfaces ou, em português, Interface de Programação de Aplicações) é a parte do sistema que precisa conversar com as outras plataformas que o cliente queira utilizar. Assim, Open Banking propõe que todo o mercado financeiro tenha APIs abertas. Quando uma API é aberta, outros players do setor conseguem criar soluções que funcionem em conjunto. Um ótimo exemplo é o Google Maps. Qualquer pessoa pode criar um site integrado a esse serviço de mapas.
Todos ganham
Uma das principais vantagens do Open Banking é a ampliação da oferta de produtos e serviço financeiros, o que resulta em um mercado mais competitivo e clientes mais satisfeitos. A criação de soluções mais personalizadas e intuitivas será uma consequência inerente a esta transformação e permitirá que o cliente gerencie suas finanças com mais autonomia e praticidade.
Já pela ótica das instituições financeiras, o benefício é poder oferecer seus produtos em uma variedade de novos canais. Voltando ao exemplo do aplicativo de controle de gastos, quando o gráfico de receitas e despesas indicar que o usuário está no vermelho, ele poderá contratar um empréstimo lá mesmo, sem entrar em contato com um canal específico do banco.
Desafios
A regulação e padronização figuram entre um os principais desafios do Open Banking. As regras do jogo precisam ser bem definidas para garantir transparência e segurança nesse novo cenário. É necessário que sejam estipulados quais dados serão compartilhados e de que maneira. No Brasil, o Open Banking está em processo de regulamentação pelo Banco Central e a expectativa é que seja implementado em 2020. Entretanto, países como México, EUA, Reino Unido e outros da Europa já adotaram o modelo.
Um passo a frente
Você já viu que o Open Banking está prestes a transformar o mercado financeiro brasileiro criando um novo ecossistema de empresas, serviços e produtos para o setor.
Por isso, não perca tempo e inscreva-se no Curso Online de Open Banking da The Fintech School. Inscrições pelo site até 07/02/2020.
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